quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nosso mascote!

   Na Ordem Carnívora encontra-se a família Procionydae, que se divide em subfamília Ailurinae e Procyninae (os chamados procionídeos verdadeiros), a qual apresenta importantes representantes da fauna catarinense, são eles o quati e o mão-pelada. São animais de porte médio, perna curta e pelagem densa. São plantígrados, possuindo cinco dedos bem desenvolvidos em todas as patas e as garras não são retráteis, o que permite uma melhor identificação através das pegadas. As mãos são móveis o que lhes conferem o título de ótimos escaladores e ainda a habilidade de cavar. São animais onívoros que possuem os dentes molares adaptados para o esmagamento dos alimentos.
   No território brasileiro o Quati ocupa quase todas as regiões, sendo comumente encontrado próximo de turistas ou outras unidades de conservação, como por exemplo no mirante da Serra do Rio do Rastro, Bom Jardim da Serra/SC.
Fonte: Arquivo do NUPAS

   O Nasua nasua (Quati) possui características de fácil identificação como o formato do corpo e o focinho longo que se destaca dos olhos e orelhas pequenos. A coloração do peito e abdome apresenta-se mais amarelada, diferente das partes superiores que está entre cinza e variações de marrom-claro, avermelhado e marrom-escuro. Possui uma cauda vistosa, longa e ornada de anéis claros e escuros, sendo carregada em posição vertical.
   Possuem hábitos diurnos sendo observados em grandes grupos. São animais terrestres e arborícolas, suas patas e seu longo focinho lhe auxiliam na obtenção do alimento, explorando troncos e tocas. As árvores também são utilizadas na fuga, para passar a noite e para fêmeas terem seus filhotes.
 
Fonte: Arquivo do NUPAS
Fonte: Arquivo do NUPAS


Texto de: 
Cubas Z.S., Silva J.C.R. & Catão-Dias J.L. (ed.), Tratado de Animais Selvagens – Medicina Veterinária. Editora Roca, São Paulo. 


Por: Thaís Hipolito

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Nome de grandes discussões


Hydrochoerus hydrochaeris é o nome científico de um animal pertencente a fauna local (planalto catarinense) chamado popularmente de Capivara, Capincho ou Carpincho. Esse belo herbívoro vive socialmente em grupos de dezenas de animais, geralmente próximo às áreas úmidas ou alagadas.

São pertinentes as discussões sobre a nomenclatura científica mais apropriada para a espécie, entre:

Hydrochaeris hydrochaeris;
- Hydrochoerus hydrochaeris;
- Hydrochoerus hydrochoerus;
- variantes (e.g., 'hydrochoeris').

Atualmente, a nomenclatura Hydrochoerus hydrochaeris é a considerada válida, segundo o qual a International Commission on Zoological Nomenclature (1998, Opinion 1894) decidiu que Hydrochoerus foi primeiramente disponível por Brisson, 1762, então tem prioridade sobre Hydrochaeris, Brünnich, 1772. Devido à sua etimologia, ýdor = água + choiros = porco.

São animais territorialistas, sendo o macho dominante o principal responsável pela marcação do território, dessa forma o mesmo usa uma glândula localizada na superfície dorsal do focinho, denominada glândula nasal (Costa et. al., 2002).
Assista o vídeo abaixo e veja nitidamente essa estrutura:





Espécie: Hydrochoerus hydrochaeris
Local: Fazenda Palmital do Areão (Klabin) - Santa Cecília/SC
Data: 12/XII/2011
Projeto: Avaliação da conectividade entre áreas silvestres através do diagnóstico de mamíferos de grande e médio porte (Convênio Técnico-científico entre UDESC E KLABIN pelo Sétimo Termo Aditivo)
Identificador: PICINATTO FILHO, V.

Leia mais: QUEIROLO, D.; VIEIRA, E.; REID, F. 2008. Hydrochoerus hydrochaeris. In: IUCN 2008. 2008 IUCN Red List of Threatened Species. www.iucnredlist.org

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Visita ao Parque Nacional de São Joaquim

Ontem, 20.06, os alunos da disciplina de Manejo de Áreas Silvestres, oferecida aos cursos de Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Agronomia, da Universidade do Estado de Santa Catarina realizaram visita técnica ao Parque Nacional de São Joaquim na cidade de Urubici/SC.
Nesta oportunidade, acompanhados do analista ambiental do ICMBio e chefe do PARNA Michel Omena, os alunos conheceram o histórico da região, a motivação à criação desta Unidade de Conservação (UC), os desafios em gerir uma UC, em especial o PARNA de São Joaquim que é a oitava UC mais visitada no país, apresentou as pesquisas hoje realizadas na UC e também divertiu todos com suas dinâmicas e "experimentos".
Nesta oportunidade os alunos enterraram uma capsula do tempo contendo muitas redações das expectativas que os mesmos tem para o futuro da UC e de sua vida.
No ponto de vista de gestão desta UC Michel reforça que a UDESC se faz presente neste processo pela participação efetiva no conselho consultivo desta UC, na figura do Professor Dr. Pedro Volkmer de Castilho.
Além disso, por mais de 3 anos os professores do NUPAS selecionam voluntários para participar das atividades de educação ambiental, ecoturismo e pesquisa da UC.
Abaixo veja algumas imagens desta visita.
Matinha nebular

Graxaim-do-campo

Pegadas de Puma na estrada

Morro da Igreja
Pedra furada

Alunos com a capsula do tempo

André enterrando a capsula do tempo

Saiba mais sobre o PARNA de São Joaquim pelo texto compilado:
O Parque Nacional de São Joaquim está situado na região sul, mais precisamente na região serrana do estado de Santa Catarina. Embora próximo a cidade de São Joaquim, o seu acesso se faz pelos municípios de Urubici e Bom Jardim da Serra. Também tem áreas dentro do parque os municípios de Orleans e Grão Pará, na parte de baixo da serra do Mar.
A criação do parque, em julho de 1961, está ligada à necessidade de proteção dos remanescentes de Matas de Araucárias, que se encontram dentro de seus 49.300 hectares. O parque está predominantemente inserido no bioma Mata Atlântica.
Além de conservar ecossistemas existentes na Unidade de Conservação, ela foi criada com o objetivo de promover a educação ambiental, a pesquisa e a visitação pública.
A região oferece uma paisagem magnífica. Os cartões-postais são a Pedra Furada e o Morro da Igreja. É possível fazer caminhadas passando pelas Matas de Araucárias, pelas nascentes de diversos rios, entre eles o rio Pelotas, que também é conhecida como nascente do Rio da Prata.
Na região nordeste do Parque encontra-se as maiores altitudes, sendo o ponto máximo o Morro da Igreja, com 1.822 metros. No centro do Parque também há áreas bastante elevadas, com altitudes acima de 1.650 metros. Essa região do parque é denominada Campos de Santa Bárbara.
Outro aspecto importante da Unidade é a sua formação geológica, composta por rochas vulcânicas, denominadas Basalto, que formam conjuntamente com as formações de Arenito um local propício a recarga e descarga do Aquífero Guarani, estudos datam estas formações com aproximadamente 133 milhões de anos.
Fonte: ICMBio (http://www.icmbio.gov.br/)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Semana do Meio Ambiente na Escola E.B. Maria Quitéria

Iniciou hoje na Escola de Educação Básica Maria Quitéria a Semana do Meio Ambiente, que se estenderá até o dia 21/06 (quinta-feira). Na programação estão agendadas mais de 10 palestras com temas relacionados à Educação Ambiental e Consciência Ecológica. Dentre os palestrantes salientamos a presença do Profº Dr. Marcelo Mazzolli  com o tema "Aquífero Guarani", Doutorando Ilton Agostini Júnior explanando sobre "Uso Consciente do Solo", Profº Gilmar Amarante Tristão com o tema "Biodiversidade e Impactos". O NUPAS também é parceiro deste evento e no dia de hoje, pela manhã, participou com  a palestra de abertura intitulada "Redescobrindo a Fauna Catarinense", levando à mais de100 alunos o reconhecimento das espécies da fauna local e as diferentes formas de estudá-las. Algumas fotos do evento seguem abaixo.



Segundo a organização do evento a comunidade também está convidada a participar e prestigiar esta bela iniciativa.
O NUPAS agradece o convite e parabeniza a equipe organizadora, Profª Msc. Cristiane Hamann, Profª Hilda Vieira e Profª Msc. Letícia Paninson.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Puma dando as caras!

Registro de lindas imagens do comportamento de um jovem puma em frente a uma armadilha-fotográfica instalada na Fazenda Palmital Areão no município de Santa Cecília/SC. Veja o vídeo abaixo!




Espécie: Puma concolor (Macho)
Local: Fazenda Palmital do Areão (Klabin) - Santa Cecília/SC
Data: 03/XII/2011
Projeto: Avaliação da conectividade entre áreas silvestres através do diagnóstico de mamíferos de grande e médio porte (Convênio Técnico-científico entre UDESC E KLABIN pelo Sétimo Termo Aditivo)
Identificador: PICINATTO FILHO, V.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

É O BICHO NO RÁDIO!


Não percam mais uma novidade do NUPAS! Logo estará no ar o programa de rádio “É O BICHO”, renovado, reformulado e muito mais interativo.
O programa “É O BICHO” tem por objetivo levar informações a todos os ouvintes da radio UDESC FM 106.9. Levando ao público o conhecimento de toda a fauna silvestre nativa e desmistificando algumas espécies.
Durante a programação serão exibidas curiosidades animais além da interatividade com o ouvinte pela vinculação de vocalizações de animais. Ouça o som, ligue para a rádio informando qual animal está vocalizando e concorra a muitos prêmios!!!
Ouça a seguir a formatação antiga do programa “HORA DO BICHO” e daqui alguns dias se surpreenda com o novo!


Bom final de semana para todos, continuem acompanhando nossas atualizações!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lançamento

Com o intuito de abranger a área de educação sobre fauna silvestre, o Núcleo de Pesquisas com Animais Silvestres - NUPAS, localizado na Universidade do Estado de Santa Catarina cria hoje um blog. Através deste publicaremos curiosidades, artigos, pesquisas, imagens fotografadas pelo grupo, entre outras atividades realizadas dentro do núcleo.
Portanto, nada mais ilustre do que iniciar esta postagem com o conhecido Leão-baio ou ainda chamado Puma (Puma concolor), animal representativo da região serrana catarinense na qual localiza-se o NUPAS.
Foto: RPPN Leão da Montanha
O Leão-baio é classificado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) como espécie ameaçada de extinção na categoria vulnerável (Ibama, 2003). O puma é um felino grande e solitário, sendo observado em casal apenas no período de reprodução. São animais de pelagem castanho-avermelhada, com exceção dos filhotes que apresentam-se pintados. Dentre os grandes mamíferos terrestres do hemisfério ocidental é o que possui a maior área de distribuição. Os trabalhos até então realizados pelo NUPAS  mostram que esta espécie não apresenta tendência temporal no uso do hábitat, sendo eficaz na exploração do nicho alimentando-se de tayassuídeos, cervídeos, cingulados e outro pequenos mamíferos que habitam as florestas e os campos da região.
Foto: Cleiton Thiele

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