Quem nunca sonhou em ter um felídeo selvagem de estimação, no quintal de casa? Ou então, as mulheres mais vaidosas, que sempre sonharam em ter uma bolsa, casaco ou outros acessórios feitos da pele desses animais? Ou ainda, os caçadores, quantos deles não sonharam em ter o couro desses animais expostos como troféu?
Pois é, infelizmente algumas dessas ações humanas acabaram levando alguns desses animais a extinção em determinados estados ou regiões. Atualmente, a maior causa do declínio da população de felídeos selvagens na natureza é a distribuição e a fragmentação do seu habitat em consequencia do desenvolvimento agrícola e pecuário, da exploração da madeira e mineração, das construções de represas e hidrelétricas; além do tráfico ilegal e da perseguição direta em forma de caça e abate.
É nessa situação que se encontra a onça-pintada, Panthera onca, segundo a IUCN esta espécie de felídeo está próxima da extinção. E a tendência populacional, ainda segundo a IUCN, está em declínio.
A onça-pintada é um animal territorialista, de hábitos solitários e terrestres, sendo observada principalmente no período noturno. Pertencente a Família Felidae na Ordem Carnivora, alimenta-se portanto de mamíferos de grande e médio porte, répteis e peixes. Originalmente ocorria por todo o Brasil, estando atualmente restrita a algumas regiões. Habita áreas de vegetação densa, com suprimento de água abundante e presas em quantidade suficiente, incluindo florestas tropicais e subtropicais, cerrado, caatinga, pantanal e manguezal.
Observe abaixo a área de ocorrência de Panthera onca.
Fonte: IUCN
No estado de Santa Catarina essa espécie de felídeo silvestre não é registrado desde a década de 80. Um dos últimos registros fiéis desta espécie data de 29/I/1972 no município de Urubici, conforme foto abaixo (Foto 1). Este macho adulto foi morto por um caçador do município após uma noite inteira de espreita, nesta data o animal foi exposto como troféu para toda a comunidade. Morto com um tiro no coração, o animal media 2,05 metros de comprimento total e pesava 84 kg. Através da foto pode-se observar que o animal desferiu uma patada no rosto do caçador, deixando-o com uma cicatriz para o resto da vida. Atualmente este animal encontra-se em exposição no Museu do Homem do Sambaqui, localizado no Colégio Catarinense, no município de Florianópolis (Foto 2 e 3).
Foto 1: Orquiso Fotografias Urubici/SC
Foto 2: Arquivo do NUPAS
Foto 3: Arquivo do NUPAS
Fonte:
Cubas Z.S., Silva J.C.R. & Catão-Dias
J.L. (ed.), Tratado de Animais Selvagens - Medicina Veterinária. Editora Roca,
São Paulo.
IUCN Red List
Por: Thaís Hipolito e Vilmar Picinatto Filho
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