sexta-feira, 30 de agosto de 2013

As tartarugas marinhas

            As tartarugas marinhas existem a mais de 150 milhões de anos, são répteis que tiveram origem na terra, porém com sua adaptação evolutiva acabou se acomodando ao meio marinho. Você sabia que no grupo dos répteis só as espécies de tartarugas que estão situadas aqui no litoral de Santa Catarina podemos encontrar espécies que estão criticamente ameaçadas? Além das que estão em perigo e as que são vulneráveis.
            Na costa brasileira cinco espécies de tartarugas são encontradas, todas estão em ameaça de extinção, sendo elas a:
  • Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) –  Estado: Criticamente ameaçados
  • Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) – Estado: Criticamente ameaçados
  • Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) – Estado: Em perigo
  • Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) – Estado: Em perigo
  • Tartaruga-verde (Chelonia mydas) – Estado: Vulnerável

O processo de extinção é um evento natural, ou seja, espécies surgem por meio de eventos de especiação como, por exemplo, longo isolamento geográfico, seguido de diferenciação genética e desaparece devido a eventos de extinção como catástrofes naturais, surgimento de competidores mais eficientes. Mas é um processo extremamente lento, temos como exemplo a extinção dos dinossauros, ocorrida naturalmente há milhões de anos e ao que tudo indica devido a alterações climáticas na queda de um grande meteorito. Enfim, o problema é que esse processo de extinção vem sendo acelerado cada dia mais e o agente dessa atividade somos nós humanos.  Acabamos interferindo nesse processo natural de extinção como por meio de destruições de habitats, exploração dos recursos naturais e entre outros.
Desde o nascimento até atingir a maturidade as tartarugas sofrem inúmeras barreiras para sua sobrevivência, segundo pesquisas de cada mil filhotes que nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade, ou seja, o índice de extinção é muito preocupante. Esses obstáculos podem se levar pela poluição dos oceanos, aquecimento global, e principalmente a pesca incidental onde elas ficam presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir a superfície para respirar e acabam morrendo.
Outro fator importante é uma doença chamada fibropapilomatose, caracterizada por apresentar tumores de pele que podem também afetar os órgãos internos. A espécie que mais sofre com a doença é a das tartarugas verdes (Chelonia mydas). Esses tumores são benignos mas acabam prejudicando-as em sua alimentação e seu deslocamento, às vezes causando a morte. Ocorre frequentemente em locais poluídos, em áreas conservadas raramente há registros de casos. A poluição é o fator pelo qual o homem está contribuindo para a intensificação desta doença.

(Tartaruga-de-pente que se está criticamente ameaçada.)

Motivados com esses problemas foi criado o projeto TAMAR que é patrocinado pela Petrobrás, situado em Florianópolis onde, prioriza pesquisas avançadas que resolvam aspectos práticos para a conservação destes animais. Realizam monitoramento tanto nas áreas de alimentação quanto nas de reprodução é feita uma marcação todos recebem um anel de metal nas nadadeiras dianteiras para identificação e estudo do seu deslocamento, hábitos comportamentais e dados sobre crescimento e taxa de sobrevivência.
Segundo o projeto TAMAR é necessário “primeiro cuidar das pessoas, para que elas tenham condições de proteger a natureza, o mar e as tartarugas marinhas”. Afim disso investem na inclusão social, principalmente as populações locais que podem influir diretamente nas condições de habitat das tartarugas. Cada vez mais se fala em conservar a biodiversidade, é um dever de todos amenizarem o sofrimento e a extinção de muitas espécies, ajude a mantê-las em nosso meio!!

Por: Fernanda Cabreira e Letícia Freitas

Fonte: lista das espécies da fauna ameaçada de extinção em Santa Catarina


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