As
tartarugas marinhas existem a mais de 150 milhões de anos, são répteis que
tiveram origem na terra, porém com sua adaptação evolutiva acabou se acomodando
ao meio marinho. Você sabia que no grupo dos répteis só as
espécies de tartarugas que estão situadas aqui no litoral de Santa Catarina
podemos encontrar espécies que estão criticamente ameaçadas? Além das que estão
em perigo e as que são vulneráveis.
Na
costa brasileira cinco espécies de tartarugas são encontradas, todas estão em
ameaça de extinção, sendo elas a:
- Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) – Estado: Criticamente ameaçados
- Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) – Estado: Criticamente ameaçados
- Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) – Estado: Em perigo
- Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) – Estado: Em perigo
- Tartaruga-verde (Chelonia mydas) – Estado: Vulnerável
O
processo de extinção é um evento natural, ou seja, espécies surgem por meio de
eventos de especiação como, por exemplo, longo isolamento geográfico, seguido
de diferenciação genética e desaparece devido a eventos de extinção como
catástrofes naturais, surgimento de competidores mais eficientes. Mas é um
processo extremamente lento, temos como exemplo a extinção dos dinossauros,
ocorrida naturalmente há milhões de anos e ao que tudo indica devido a
alterações climáticas na queda de um grande meteorito. Enfim, o problema é que
esse processo de extinção vem sendo acelerado cada dia mais e o agente dessa
atividade somos nós humanos. Acabamos
interferindo nesse processo natural de extinção como por meio de destruições de
habitats, exploração dos recursos naturais e entre outros.
Desde
o nascimento até atingir a maturidade as tartarugas sofrem inúmeras barreiras
para sua sobrevivência, segundo pesquisas de cada mil filhotes que nascem
somente um ou dois conseguem atingir a maturidade, ou seja, o índice de
extinção é muito preocupante. Esses obstáculos podem se levar pela poluição dos
oceanos, aquecimento global, e principalmente a pesca incidental onde elas
ficam presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir a
superfície para respirar e acabam morrendo.
Outro fator importante é uma doença chamada fibropapilomatose,
caracterizada por apresentar tumores de pele que podem também afetar os órgãos internos.
A espécie que mais sofre com a doença é a das tartarugas verdes (Chelonia mydas). Esses tumores são
benignos mas acabam prejudicando-as em sua alimentação e seu deslocamento, às
vezes causando a morte. Ocorre frequentemente em locais poluídos, em áreas
conservadas raramente há registros de casos. A poluição é o fator pelo qual o
homem está contribuindo para a intensificação desta doença.
(Tartaruga-de-pente que
se está criticamente ameaçada.)
Motivados
com esses problemas foi criado o projeto TAMAR que é patrocinado pela
Petrobrás, situado em Florianópolis onde, prioriza pesquisas avançadas que
resolvam aspectos práticos para a conservação destes animais. Realizam
monitoramento tanto nas áreas de alimentação quanto nas de reprodução é feita
uma marcação todos recebem um anel de metal nas nadadeiras dianteiras para
identificação e estudo do seu deslocamento, hábitos comportamentais e dados
sobre crescimento e taxa de sobrevivência.
Segundo o projeto TAMAR é necessário “primeiro cuidar das
pessoas, para que elas tenham condições de proteger a natureza, o mar e as
tartarugas marinhas”. Afim disso investem na inclusão social, principalmente as
populações locais que podem influir diretamente nas condições de habitat das
tartarugas. Cada vez mais se fala em conservar a biodiversidade, é um dever de
todos amenizarem o sofrimento e a extinção de muitas espécies, ajude a mantê-las
em nosso meio!!
Por: Fernanda Cabreira e Letícia Freitas
Fonte: lista das espécies da fauna ameaçada
de extinção em Santa Catarina
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