sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Bicho da Semana

   A Suçuarana (Puma concolor) é conhecida popularmente também por Leão Baio, Onça parda e Puma, é um felino de porte grande (medindo de 90 a 150 centímetros de comprimento) que pode chegar a pesar 60 quilos. Este mamífero é conhecido por ser uma espécie muito adaptável e generalista, ocorrendo em diferentes habitats e regiões. Devido a essas diversidades, pode apresentar uma pelagem conforme o local de ocorrência, com pelos curtos em locais quentes e pelos longos em climas frios. Além disso, apresenta uma variação na sua coloração, indo desde o marrom avermelhado escuro ao marrom acinzentado claro.
   Assim como a maioria dos felinos, suas garras são retráteis e afiadas, na região palmar possuem almofadas que permitem com que se movam sem fazer barulho. As patas e garras dos membros anteriores são adaptadas para agarrar suas presas. Já os membros posteriores são extremamente fortes e providos de grandes patas, o que lhes permitem dar saltos e atingir alta velocidade em curto período.

Fonte: ICMBio

   Sua alimentação é unicamente carnívora, na qual suas principais presas são o Cateto, a Capivara, o Tatu, a Cutia, a Paca, entre outros mamíferos de porte médio. Possuem um comportamento arrítmico no uso do tempo, incluindo caça e deslocamento. O Puma, assim como outros felídeos, ao se alimentar da presa costuma ingerir primeiramente o fígado, por possuir uma grande reserva energética, suprindo dessa forma sua necessidade diária.
   Atualmente, no Parque Nacional Serra do Itajaí, localizado no município de Blumenau, o Projeto Carnívoros, com o apoio da Polícia Militar Ambiental, vem realizando um monitoramento dos Pumas da região. Este monitoramento tem como principal objetivo a preservação da espécie, e é realizado com colares de GPS que indicam a localização do animal através de satélites. Outros intuitos do projeto são: estimar a população de Leões-Baios, a elaboração de mapas de distribuição e movimentação, analisar a composição da sua dieta e sensibilizar a comunidade sobre a importância desse felino no equilíbrio ecológico. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), a Suçuarana encontra-se ameaçada de extinção na categoria Vulnerável para o Brasil, assim como a maioria dos animais, esse fato se deve a ação antrópica, na qual se enquadra a caça indiscriminada, o desmatamento, a poluição e a fragmentação de seu habitat.

Por: Fernanda Cabreira e Thaís Hipolito

Fonte:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/mamiferos/onca-parda_ou_sussuarana_%28felis_concolor%29.html
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/nossa-terra/2013/noticia/2013/09/leoes-baios-sao-monitorados-satelite-em-parque-do-vale-do-itajai.html

domingo, 22 de setembro de 2013

A árvore e sua importância

   No dia 21 de Setembro é comemorado o Dia da Árvore, e foi instituída no ano de 1965, pelo então presidente Castelo Branco. Esta data se deve, principalmente, a chegada da primavera, e tem como objetivo ressaltar a importância das árvores.
   A árvore sempre esteve presente na história do povo brasileiro, na época de Brasil Colônia a atividade econômica que predominava era a extração/exploração de Pau Brasil (Caesalpinia echinata Lam.). Inclusive, muitos historiadores confirmam que o nome desta árvore originou o nome do nosso país. Atualmente, a árvore é a matéria prima de diversos setores econômicos brasileiros. Além disso, esta também tem grande destaque na alimentação, seja ela humana ou animal.

   O NUPAS através de suas pesquisas relata a você algumas inter-relações entre as árvores e os animais silvestres:
  • Muitas aves fazem seus ninhos nos seus galhos e troncos ocos;
  • Os frutos e folhas servem de alimentos para diversos animais;
  • São utilizadas como abrigo noturno e como refúgio de predadores;
  • Muitas espécies da fauna realizam serviços ecológicos de polinização das flores e dispersão das sementes;
  • Permitem a camuflagem de animais nos seus troncos e a garantia da sobrevivência;
  • Alguns animais vivem sobre elas a maior parte de suas vidas, precisando diariamente dos seus recursos;
  • Abrigam muitas espécies de epífitas, como as bromélias, que são a casa de algumas espécies de anfíbios;
  • Mantém o clima ameno e protegem da radiação solar;
  • Auxiliam na proteção do solo e manutenção dos mananciais.

"Se eu soubesse que o mundo acabaria amanhã, hoje plantaria uma árvore." Martinho Lutero

Por: Thaís Hipolito e Vilmar Picinatto Filho

domingo, 15 de setembro de 2013

Bicho da Semana

   O Veado-Catingueiro (Mazama gouazoubira) é um ruminante silvestre, tendo como característica diferenciativa um tufo na testa de pelos escuros. Além disso, os chifres no macho também são característicos, suas galhadas são simples e sem ramificações, podendo chegar até 12 centímetro de comprimento e tendo uma média de 20 anos de vida. As fêmeas não possuem chifre, apenas uma elevação na testa, seus pelos são mais claros que os do macho. A maioria dos indivíduos apresenta uma pinta branca acima dos olhos, que não é encontrada nas outras espécies. O animal adulto pode medir acima de um metro e pesar vinte quilos. Particularmente é um dos silvestres mais bonitos a serem encontrados.


   São animais de vida solitária que somente na época de acasalamento se reúnem. O macho costuma andar sozinho e a fêmea normalmente está com um filhote. Geralmente, dois machos disputam uma fêmea, utilizando seus chifres para ferir seu oponente. Depois de sete meses de gestação, a fêmea dá a luz a apenas um filhote que pesa cerca de 500 gramas, com manchas brancas pelo corpo, o que lhe é muito particular, elas tem como principal função a camuflagem.


   Sua dieta é rigidamente vegetariana, alimentam-se de brotos, folhas, frutos e flores. Quando se sente ameaçado tende a correr muito rápido e pode também pular na água, sendo um bom nadador.
   Seu habitat são as matas densas nas margens de rios, pode ser encontrado também em campos abertos onde existem matas próximas. É um animal de hábito diurno, porém pode realizar saídas noturnas. Seus predadores naturais são o Puma (Puma concolor) e a Jaguatirica (Leopardus pardalis). As principais causas que podem estar levando o Veado-Catingueiro rumo à extinção são a caça e a destruição do seu habitat.

Por: Fernanda Cabreira e Letícia Freitas

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Que nossa fauna entre no mundo da imaginação

Quando criança sempre acreditei em Papai Noel, nos seus Ajudantes, na Fada do Dente e no Homem do Saco. Era um mundo de imaginações que às vezes, confesso, me bate uma saudade. Quem nunca ficou sonhando com o coelhinho de pelos brancos e olhos vermelhos que traz aqueles ovos deliciosos? Hoje em dia, me pergunto quem será esse coelho? Será que ele realmente existe? Ou será que não estava me confundindo e trocando coelho por lebre ou lebre por tapiti?


Todos eles pertencem à ordem Lagomorpha, portanto, vamos distingui-los rapidamente: os coelhos são domésticos e as lebres e os tapitis são silvestres. Como já comentamos em uma atualização passada (Exímios Invasores - http://bicharadasilvestre.blogspot.com.br/2012/09/eximios-invasores_330.html), a lebre (Lepus europaeus) é um animal exótico no Brasil, que foi introduzido há muitos anos atrás. Já o tapiti (Sylvilagus brasiliensis) é um animal nativo brasileiro. No entanto, qual a diferença da lebre para o tapiti?
O tapiti é um mamífero leporídeo que ocorre em todas as regiões brasileiras, habitando matas tropicais, bordas de matas e áreas de pastagens. Apresenta uma coloração parda- amarelada, sendo mais escura no dorso e mais clara ventralmente. Os tapitis podem medir entre 20 e 40 cm de comprimento e pesar entre 500g e 1,5kg. Estes animais são considerados herbívoros, alimentando-se principalmente de cascas, brotos e talos de muitos vegetais.  Sendo caracterizado como um animal de hábitos noturnos que durante o dia se esconde em tocas ou debaixo das touceiras de ervas.

www.ecoloja.com.br

Apesar de muito parecidos com as lebres eles são muito menores do que elas, com orelhas pequenas, estreitas e cauda muito reduzida. Além disso, um fato preocupante para os tapitis é que ambos apresentam a mesma dieta alimentar. A lebre consome mais alimento e possui uma maior adaptabilidade da dieta, sendo um animal generalista. Por conseguinte, acaba ocorrendo uma competição entre espécies e na maioria das vezes o Tapiti perde.
As lebres são muito mais adaptáveis a condições impostas pelo ser humano, como a transformações de florestas em campos e áreas de lavoura, sendo considerada em alguns casos uma praga.
Não estou pedindo que deixem de contar pras crianças sobre o coelho da páscoa, jamais. Mas por que não contar sobre o tapiti?

Por: Thaís Hipolito
Fonte:
www.iucnredlist.org

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

As tartarugas marinhas

            As tartarugas marinhas existem a mais de 150 milhões de anos, são répteis que tiveram origem na terra, porém com sua adaptação evolutiva acabou se acomodando ao meio marinho. Você sabia que no grupo dos répteis só as espécies de tartarugas que estão situadas aqui no litoral de Santa Catarina podemos encontrar espécies que estão criticamente ameaçadas? Além das que estão em perigo e as que são vulneráveis.
            Na costa brasileira cinco espécies de tartarugas são encontradas, todas estão em ameaça de extinção, sendo elas a:
  • Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) –  Estado: Criticamente ameaçados
  • Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) – Estado: Criticamente ameaçados
  • Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) – Estado: Em perigo
  • Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) – Estado: Em perigo
  • Tartaruga-verde (Chelonia mydas) – Estado: Vulnerável

O processo de extinção é um evento natural, ou seja, espécies surgem por meio de eventos de especiação como, por exemplo, longo isolamento geográfico, seguido de diferenciação genética e desaparece devido a eventos de extinção como catástrofes naturais, surgimento de competidores mais eficientes. Mas é um processo extremamente lento, temos como exemplo a extinção dos dinossauros, ocorrida naturalmente há milhões de anos e ao que tudo indica devido a alterações climáticas na queda de um grande meteorito. Enfim, o problema é que esse processo de extinção vem sendo acelerado cada dia mais e o agente dessa atividade somos nós humanos.  Acabamos interferindo nesse processo natural de extinção como por meio de destruições de habitats, exploração dos recursos naturais e entre outros.
Desde o nascimento até atingir a maturidade as tartarugas sofrem inúmeras barreiras para sua sobrevivência, segundo pesquisas de cada mil filhotes que nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade, ou seja, o índice de extinção é muito preocupante. Esses obstáculos podem se levar pela poluição dos oceanos, aquecimento global, e principalmente a pesca incidental onde elas ficam presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir a superfície para respirar e acabam morrendo.
Outro fator importante é uma doença chamada fibropapilomatose, caracterizada por apresentar tumores de pele que podem também afetar os órgãos internos. A espécie que mais sofre com a doença é a das tartarugas verdes (Chelonia mydas). Esses tumores são benignos mas acabam prejudicando-as em sua alimentação e seu deslocamento, às vezes causando a morte. Ocorre frequentemente em locais poluídos, em áreas conservadas raramente há registros de casos. A poluição é o fator pelo qual o homem está contribuindo para a intensificação desta doença.

(Tartaruga-de-pente que se está criticamente ameaçada.)

Motivados com esses problemas foi criado o projeto TAMAR que é patrocinado pela Petrobrás, situado em Florianópolis onde, prioriza pesquisas avançadas que resolvam aspectos práticos para a conservação destes animais. Realizam monitoramento tanto nas áreas de alimentação quanto nas de reprodução é feita uma marcação todos recebem um anel de metal nas nadadeiras dianteiras para identificação e estudo do seu deslocamento, hábitos comportamentais e dados sobre crescimento e taxa de sobrevivência.
Segundo o projeto TAMAR é necessário “primeiro cuidar das pessoas, para que elas tenham condições de proteger a natureza, o mar e as tartarugas marinhas”. Afim disso investem na inclusão social, principalmente as populações locais que podem influir diretamente nas condições de habitat das tartarugas. Cada vez mais se fala em conservar a biodiversidade, é um dever de todos amenizarem o sofrimento e a extinção de muitas espécies, ajude a mantê-las em nosso meio!!

Por: Fernanda Cabreira e Letícia Freitas

Fonte: lista das espécies da fauna ameaçada de extinção em Santa Catarina


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nossas ilustres visitantes

   Eubalaena australis é o nome científico do mamífero conhecido popularmente como Baleia Franca. Classificada na Ordem dos Cetáceos, as Baleias Francas são animais marinhos de grande porte, chegando a medir mais de dezessete metros de comprimento. Segundo registros de captura, as fêmeas adultas podem pesar mais de 60 toneladas, já os machos mais de 45 toneladas. Este animal apresenta coloração negra com manchas brancas irregulares na região ventral, e possui o corpo arredondado.
   Uma característica significativa desta espécie é a presença de calosidades ou "verrugas" na região dorsal e lateral da cabeça. As baleias já nascem com as calosidades, que se apresentam mais macias e com o passar do tempo vão se tornando mais firmes; porém, estas não modificam significativamente o seu tamanho e forma, o que permite sua utilização para identificação individual. Estas verrugas apresentam coloração acinzentada ou branco-amarelada, variando conforme a presença dos ciamídeos - as colorações são: Cyamus ovalis branco, C. erraticus alaranjado, C. gracilis amarelado - crustáceos que colonizam as calosidades logo após o nascimento da baleia.

   Outra peculiaridade da Baleia Franca é o seu "esguicho" em formato de "V", este é resultado do ar expelido rapidamente durante a respiração e do pequeno acúmulo de água na depressão dos orifícios respiratórios quando o animal vem à superfície para respirar.
   Segundo a Resolução nº 002, de 06 de Dezembro de 2011, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) de Santa Catarina, a Baleia Franca encontra-se ameaçada de extinção na categoria vulnerável. A E. australis  encontra-se nesta categoria de extinção pois durante os séculos XVIII e XIX as baleias eram alvos dos chamados baleeiros. À procura, principalmente, da camada de gordura espessa para a produção de óleo - muito requisitado na época -, os pescadores viam nas baleias um alvo grande e fácil de ser capturado. Já no séculos XX foram impostos limites para a caça das baleias, mas o que não impediu que clandestinamente cerca de 350 animais (segundo registros históricos) fossem abatidos durante as décadas de 50 e 70.

   Portanto, com o intuito de proteção, conservação e pesquisa à Baleia Franca, fundou-se o Projeto Baleia Franca, com sede no município de Imbituba, litoral do Estado. Sua localização se deve ao fato de as Baleias Francas frequentarem o litoral catarinense na época de reprodução, para o acasalamento, parição e amamentação dos filhotes, durando as estações de inverno e primavera. É neste período que o turismo ecológico cresce muito nas cidades de Imbituba, Laguna e Garopaba. No entanto, desde o decorrente ano (2013), a observação embarcada das baleias, seja ela com ou sem motor, está proibida pelo Tribunal Regional Federal (TRF). Apesar disto, você está convidado a pegar seu binóculo e procurar os locais mais altos das cidades citadas acima e avistar as Baleias Francas que visitam o nosso litoral.

Por: Thaís Hipolito e Fernanca Cabreira

Fonte:
As imagens ilustradas acima foram retiradas do site do Projeto Baleia Franca.

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
www.icmbio.gov.br

Projeto Baleia Franca
www.baleiafranca.org.br

Insituto Baleia Franca
instituobaleiafranca.blogspot.com.br

RBS central de jornalismo
www.g1.globo.com/sc

União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN
www.iucnredlist.org

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Se não correr o bicho morre

   Somente nas duas últimas semanas, a Polícia Militar Ambiental de Lages apreendeu 13 armas de fogo, em sua grande maioria espingardas de diversos calibres, em posse de indivíduos que estavam praticando ou já haviam praticado a atividade de caça predatória nas mais diversas localidades da Região Serrana do nosso Estado. Além da grande quantidade de armas e petrechos para caça, o que mais chama atenção nessas ocorrências são a origem e faixa etária dos caçadores. É crescente incidência de pessoas vindas do Vale e Alto Vale do Itajaí, bem como do Litoral de maneira geral, para praticarem a caça predatória em nossa região. Tal fato pode estar diretamente relacionado a grande "oferta" de animais silvestres existentes aqui na serra, ao contrário do que se percebe em outras regiões, que já sofrem com os efeitos da defaunação. No mesmo sentido, apesar dos inúmeros atrativos sadios de lazer oferecidos atualmente aos nossos jovens, também é crescente a prática da caça predatória por pessoas com idade inferior a 30 anos, e em alguns casos, por menores de idade. É indiscutível que essa prática é histórica e cultural, tendo sido primordial para a subsistência humana em alguns períodos de nossa existência. Entretanto, é notório atualmente o caráter de "farra" implícito nesse tipo de prática. Caçar para sobreviver já não é mais a justificativa. O que se vê são homens engajados pelo melhor tiro, ou como diz o serrano, no melhor "tombo do bicho".

 Fonte: Arquivo Polícia Militar Ambiental de SC
    Atualmente a caça predatória associada à fragmentação das florestas é a principal causa da defaunação nos biomas brasileiros, principalmente na Mata Atlântica. Algumas espécies estão extinguindo-se localmente, comprometendo significativamente alguns processos ecológicos importantes para o equilíbrio dos ecossistemas. Observamos o aumento das chamadas "florestas vazias", onde algumas espécies vegetais estão fadadas a extinção por conta da impossibilidade de dispersão de suas sementes, uma vez que os agentes responsáveis já não desempenham seu papel. Da mesma forma, o aumento de populações sem predadores naturais pode trazer consequências indesejáveis para as próprias florestas, esgotando fontes alimentares rapidamente e evitando o fluxo de propágulos. Para o homem, esse aumento pode acarretar em prejuízos relacionados ao ataque de lavouras e rebanhos.

 Fonte: Arquivo Polícia Militar Ambiental de SC

   E como reduzir a prática da caça predatória, e consequentemente de seus efeitos?
   Atualmente o país detém uma das melhores legislações ambientais do mundo, senão a melhor. Entretanto, a Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e o Decreto Federal nº 6.514/08, que a regulamente, são extremamente brandas no tocante aos crimes contra a fauna. Na esfera administrativa, a multa para quem ceifa a vida de um animal através de sua caça, é de quinhentos reais. Já na esfera criminal, a pena para quem mata um, cinquenta, ou cem animais é a mesma, dificilmente passível de prisão ou outras sanções mais severas.
   É fundamental, portanto, uma minuciosa revisão da legislação voltada aos crimes contra a fauna no Brasil, tornando mais severas as sanções para quem pratica a caça predatória.
   Mas essa iniciativa deve partir da população, principalmente dos segmentos da sociedade formadores de opinião, como as universidades e as organizações do terceiro setor. Desta maneira poderemos reverter o atual quadro de declínio de espécies animais e vegetais no país.


Por: Diego Küster Lopes - Biólogo e Soldado da Polícia Militar Ambiental